- Área: 1922 m²
- Ano: 2014
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Fotografias:Felipe Lavín
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Fabricantes: Anwo, Behr, CHC, Comercial Rey, Knauf, Nuprotec, Plaka, Sonoflex
Descrição enviada pela equipe de projeto. Reconstrução, restauro e aprimoramento de um edifício com interesse cultural para a Região Metropolitana de Santiago.
O Palácio “Las Majadas” é uma construção erguida em 1905 para ser o lar da Família Subercaseaux Browne. O edifício, projetado pelo arquiteto Alberto Cruz Montt, está localizado em uma área agricultora ao sul de Santiago. Ao redor do Palácio, foi criado um parque baseado em paisagismo de Guillermo Renner.
O desenvolvimento de um projeto de restauração tem como objetivo principal adaptar o edifício para os novos usos público e de encontros, além de garantir sua preservação para o futuro.
As obras de preservação do edifício são divididas em duas fases: antes do terremoto de 17 de fevereiro de 2010, e após este evento. Na primeira fase, um estudo da estrutura do edifício que consiste em divisórias de madeira e paredes de tijolos revelaram diferentes estados de deterioramento, As fundações e o primeiro pavimento estavam em bom estado, o segundo pavimento foi moderadamente deteriorado e a estrutura do terceiro pavimento foi deteriorada de maneira mais grave. Uma análise da estrutura foi elaborada pelo engenheiro estrutural Santiago Arias, que emitiu um relatório com detalhes do dano esperado que o edifício sofreria dentro de uma gama de intensidades sísmicas, indicando que um terremoto de magnitude 9.0 na escala Richter causaria "colapso parcial dos elementos estruturais" sob qual circunstância o edifício "seria demolido se estudos técnicos e econômicos o aconselhassem a fazê-lo".
Em 2009, um plano de reforço estrutural foi iniciado, que incluía o reforço das paredes de alvenaria com a inserção de pilares e vigas de concreto, além do reforço da estrutura do piso de madeira. As obras começaram com a execução da plano, iniciando com com a viga de ligação no topo das paredes externas do edifício, que estava apenas parcialmente executadas até fevereiro de 2010.
Os danos ao Palácio como consequência do terremoto foi monitorado pelo engenheiro Santiago Arias. O relatório emitido por Gregorio Rosenblitt atesta que tais danos se enquadram, mesmo em detalhes, na análise prévia feita por Arias. Embora o dano tenha sido severo, foi minimizado pelas obras de reforços parcialmente concluídas, sem as quais ocorreria um colapso total da estrutura.
Por motivos de segurança, a torre sul e a parede leste do hall principal tiveram que ser completamente demolidos, operação realizada com cuidado excepcional devido ao peso e à instabilidade da estrutura.
Com o objetivo de adaptar o edifício ao seu novo uso, um programa foi determinado com os ambientes que se sobrepunham exatamente ao layout original da estrutura portante do edifício. Graças ao alto nível de dano que o edifício sofreu, uma nova estratégia de reforço foi adotada, que incluiu o reforço das paredes do perímetro com a construção de uma parede de concreto em seu lado interno, as paredes transversais foram reconstruídas a partir do zero e as vigas de madeira do piso foram substituídas por vigas de concreto. Todas as divisórias em madeira dos interiores também foram substituídas.
Assim, o palácio inclui um pavimento subterrâneo completamente novo, construído nas fundações originais do edifício, e abriga os serviços gerais, serviços para visitantes e ainda um bar informal. No pavimento de entrada, um novo acesso foi criado na fachada principal, um novo hall de entrada e sistema de circulação vertical, além de uma sala lounge ao norte e um café ao sul. O segundo pavimento possui três ambientes principais, sendo que o maior deles é uma sala para realização de conferências e seminários com capacidade para 52 lugares. No terceiro pavimento, a cobertura e sua estrutura tiveram que ser completamente refeitos, substituindo a estrutura de madeira original com vigas de aço, e incluído um sistema de isolamento térmico eficiente e novas aberturas para as janelas baseadas nas originais para abrigar uma grande sala para seminários, oficinas e atividades diversas.
As obras executadas no edifício principal são completadas com a restauração e aprimoramento dos terraços originais ao norte, oeste e sul, juntamente com os novos terraços para o acesso principal à leste. Assim, o palácio hoje está claramente posicionado como elemento central dentro da área do parque.
